Ao passo que pela União Europeia gradativamente começam a ser retomada as atividades letivas, para crianças inclusivamente, o jornal Público na edição de 9 de maio conversou com a investigadora do CIEC Beatriz Pereira, especialmente num momento em que não há consenso na comunidade científica sobre “o papel das crianças na transmissão do corona virus, ainda não suficientemente estudado”. Em causa estão regras apertadas como distanciamentos de cerca de 2 metros nos recreios ou lavagens periódicas das mãos, que são difíceis de implementar e têm efeitos nas crianças.

Beatriz Pereira acautela que serão de facto necessárias “turmas mais pequenas, horários desencontrados, higiene adequada, maior supervisão (com eventual reforço de
funcionários) e algum planeamento no modo de promover a distância física entre elas”. Ao seu ver, as atividades ao ar livre deverão, sempre que possível, serem privilegiadas.

Alerta, contudo, para o próprio receio que as crianças possam manifestar nesse regresso e preocupação com a higienização de casas de banho, “o que é muito negligenciado nas escolas portuguesas”, frisa a investigadora, que finaliza antecipando que a própria criatividade das crianças encontra soluções: “elas próprias vão criar novos jogos”.

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