Decorreu entre 13 e 15 de setembro, no Instituto de Educação da Universidade do Minho, a I International Conference on Child Studies sob o tema “Researching children’s worlds and lived realities in uncertain times”.

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Numa organização conjunta do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC, Instituto de Educação – Universidade do Minho) e do Centre for the Study of Children and Childhood (University of Suffolk – Reino Unido), a iniciativa reuniu cerca de centena e meia de investigadores do Brasil, da Dinamarca, de Espanha, dos EUA, de Itália, de Israel, do Irão, do Luxemburgo, da Noruega, do Paquistão e do Reino Unido.

Elizabeth Ann Wood, da University of Sheffield (Reino Unido), e Spyros Spyrou, da European University of Cyprus, proferiram as conferências “The politics of play: policies and practice” e “When childhood studies meet ontology and design: engaging in critical explorations of possible futures with children”, respetivamente. O programa integrou mais de duas dezenas de sessões paralelas de comunicações, quatro simpósios, quatro workshops e apresentações de pósteres.

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O encontro científico teve como objetivo problematizar visões universais, normativas e essencialistas da infância, assim como conceder visibilidade ao trabalho com foco nos mundos infantis e nas realidades vividas em tempos incertos. Foram abordados, entre outros, os seguintes tópicos:

• direitos das crianças, agência e voz;
• relações entre crianças, entre crianças e adultos e a perspetiva intergeracional;
• a interseccionalidade das infâncias marcada por raça, etnia, género, geração, religião e classe social e condição socioeconómica; diferentes infâncias, vivendo em condições diversas e desiguais, cada vez mais visíveis através dos movimentos de migração e refugiados;
• a era digital e questões relacionadas ao acesso e uso da tecnologia pelas crianças; currículo e pedagogia nos anos iniciais face à falta de valorização da atividade física, do brincar e, em geral, da atividade ao ar livre para as crianças; artes, criatividade e culturas infantis;
• a literatura para a infância como prática educativa e de investigação e como direito cultural da criança;
• educação e desenvolvimento profissional de profissionais da infância e bem-estar infantil e metodologia de investigação em estudos infantis.

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