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14/1/2020

Metade das crianças acolhidas tem problemas de saúde mental

O número de crianças a viver em instituições continua a tendência para a descida iniciada há dez anos, quando cerca de 9500 crianças e jovens estavam acolhidos em residências. Em 2017, eram 7553. E, em 2018, 7032 viviam em situação de acolhimento, depois de uma retirada da casa dos pais ou de outros familiares. Apesar da ligeira quebra, o universo de crianças e jovens em acolhimento continua a estar acima dos 7 mil, o que, proporcionalmente à população jovem, é um número muito acima do registado noutros países. Mais de metade destas crianças e jovens em acolhimento manifestam expressões e sintomas relacionados com problemas de saúde mental. São dez esses grupos identificados no relatório: problemas de comportamento, comportamentos adictivos e dependências, problemas de saúde mental, debilidade mental, deficiência mental, doença física, deficiência física, suspeita de prostituição (de jovens que fogem das instituições), acompanhamento psiquiátrico regular, acompanhamento psicológico regular.

O facto foi denunciado no jornal “Público”, na sua primeira página do último dia 31 de dezembro.

A investigadora do CIEC Ana Tomás Almeida foi uma das fontes utilizadas na matéria, concluindo que os números demonstram uma “uma falta de preparação do sistema para apoiar as famílias”.

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